É importante diferenciar os retornos nominais dos reais.
Investir no CDI pode parecer atraente devido ao seu retorno nominal de 142% nos últimos 10 anos, mas, ajustado pela inflação, o retorno real foi de apenas 38%. Além disso, quando convertido para dólares, o retorno foi de apenas 4%, refletindo a alta inflação no Brasil e a exposição ao dólar. Nos últimos dez anos, os preços no Brasil aumentaram 75%, com picos de inflação em 2015 e 2022, quando as taxas anuais atingiram 10,7% e 12,1%, respectivamente. Para compensar essa inflação, os investimentos precisam gerar retornos muito altos, algo que o CDI não consegue oferecer.
Devemos mitigar o forte impacto das flutuações cambiais que elevam nosso custo de vida.
A desvalorização do real frente ao dólar aumentou o custo de vida no Brasil, especialmente para as faixas de renda mais baixas, que gastam mais em bens essenciais. Embora muitos invistam no Tesouro IPCA+ para se proteger da inflação e das flutuações cambiais, essa estratégia é menos eficaz a longo prazo. O estudo sugere considerar investimentos internacionais para mitigar o risco cambial, já que os títulos atrelados à inflação brasileira não oferecem proteção adequada.