Guide to the Markets
Tendências para o cenário econômico e mercados.
Confira a seguir as principais perspectivas para economia e mercados globais. Gabriela Santos, Estrategista de Mercados Globais, traz em destaque os principais temas e preocupações que impactam os investidores e suas decisões, a partir de informações do Guide to the Markets – América Latina.
Guide to the Markets
Um resumo das últimas tendências para os mercados (Setembro de 2023)
O grande acontecimento durante o mês de agosto foi o forte aumento dos yields de renda fixa nos Estados Unidos e outros países. Esta mudança ocorreu na parte de maior duration da curva de yields, com os yields de 10 anos subindo 60 pontos base de meados de julho até a terceira semana de agosto, atingindo 4,34% – um novo máximo em 15 anos. A rapidez da mudança, bem como a confusão sobre a razão pela qual esse aumento estava acontecendo, assustou os investidores, com as ações globais registrando uma correção de cerca de 3% durante o mês e o dólar americano subindo cerca de 1% em relação às outras principais moedas.
Existem muitas explicações prováveis para os yields de renda fixa subiram tanto – mas consideramos que esta mudança é temporária. Na verdade, os yields de renda fixa já começaram a cair novamente durante a última semana de agosto.
Parte da mudança pode estar relacionada aos dados econômicos, que começaram a preocupar os investidores com o fato de serem fortes e de a inflação poder estar reacelerando. No entanto, os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostraram que uma normalização está acontecendo e os dados dos serviços em todo o mundo mostraram níveis mais moderados dos gastos dos consumidores. Isto deu novamente aos investidores algum conforto de que a inflação pode continuar a diminuir nos próximos meses.
Da mesma forma, parte da mudança também pode ter ligação com a direção das taxas de juros – especialmente por quanto tempo permaneceriam em níveis restritivos nos Estados Unidos e na Europa. No entanto, a desinflação em curso e os discursos na conferência de Jackson Hole ajudaram a acalmar os receios de que a nova “taxa de equilíbrio” tivesse subido muito em relação ao período anterior à pandemia. Isto ainda deixa a porta aberta para cortes nas taxas de juros no próximo ano e em 2025.
Por último, fatores técnicos também podem ter levado à subida dos yields no mês passado, incluindo uma maior emissão de dívida por parte do Tesouro americano do que inicialmente esperado, combinado com algumas preocupações temporárias sobre a menor demanda por parte dos investidores japoneses e europeus. Contudo, o leilão desta dívida foi bem recebido, com os investidores americanos servindo agora como uma poderosa força de demanda.
Um fator que parece pouco provável de ter desempenhado um papel na subida dos yields de renda fixa foi a descida da classificação da dívida americana pela Fitch de AAA para AA+ no início de agosto, uma vez que os spreads dos credit default swaps quase não se alteraram posteriormente.
Manter-se investido apesar da volatilidade do curto prazo é fundamental para os investidores. É provável que os yields de renda fixa nos Estados Unods tenham atingido seu máximo, uma vez que os fatores que os levaram a subir no mês passado estão desaparecendo. Como resultado, os investidores devem encarar esta situação como uma oportunidade para investir em renda fixa americana de maior duration, permitindo capturar esses yields, beneficiar-se da futura valorização do capital à medida que os yields de renda fixa caem, e diversificar as suas participações em renda variável com renda fixa de qualidade. Do lado da renda variável, a correção do mês passado é também uma oportunidade para adicionar exposição a regiões, setores e temas interessantes – com valuations ligeiramente melhores – especialmente agora que a perspectiva macroeconômica melhorou, principalmente nos Estados Unidos este ano, mas também na Europa, no Japão, Índia e outros mercados emergentes a longo prazo.
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